
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), se pronunciou nesta quarta-feira (19) sobre o linchamento de um homem suspeito de matar um menino de 2 anos na cidade de Tabira, no Sertão do Estado. Durante um evento no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, Raquel classificou o episódio como uma “barbárie” e ressaltou a necessidade de que a justiça seja feita dentro dos parâmetros legais.
“É lamentável que a gente veja cenas como essa. Vamos enxergar os erros que aconteceram. Foi uma barbárie. O sentimento de justiça aflora quando acontece um crime contra uma criança, mas a população não pode revidar com um linchamento. O Estado precisa fazer o seu papel”, afirmou a governadora.
O caso aconteceu na noite da última terça-feira (18). Antônio Lopes Severo, conhecido como Frajola, foi preso em Carnaíba, cidade vizinha a Tabira, sob a acusação de envolvimento no assassinato do pequeno Artur Ramos, de 2 anos. No entanto, durante a transferência do suspeito pela Polícia Militar, um grupo de pessoas invadiu a viatura, retirou o homem à força e o espancou até a morte.
A companheira de Antônio, Giselda, que também foi detida, permanece sob custódia. A governadora informou ainda que a Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) já instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do linchamento e eventuais falhas na condução do caso.
O episódio reacende o debate sobre segurança pública e o papel do Estado na proteção de acusados sob custódia, além da necessidade de garantir que a justiça seja aplicada dentro da legalidade, evitando atos de vingança popular.