João Bosco explica situação de diferenças internas com funcionários da Destra

Mário Flávio - 17.01.2012 às 16:59h

Antes de ser transferido da secretaria executiva para a administração interna da Destra, decisão do coronel Cloves Cavaliere para  preservar a imagem do mesmo no órgão, o coronel João Bosco foi firme em declarar que algumas questões que envolviam as negociações com os agentes de trânsito e guardas municipais se tratavam de conflitos internos. Ele se referiu especificamente as alegações de alguns funcionários de que um agente teria pedido exoneração por ter sido humilhado na UFPE, onde estuda.

Alguns funcionários da Autarquia, que não quiseram se identificar, alegaram que o agente Eduardo Gomes Bezerra havia emitido uma série de atestados médicos, que a secretaria executiva da Destra não teria aceitado. Dessa forma, João Bosco teria ido à UFPE, onde o estudante cursa Pedagogia, para buscar informações sobre ele na coordenação do curso, tendo depois afixado cartazes nos corredores da instituição, à procura do funcionário, o que para Eduardo teria sido uma situação de humilhação. Foi isso que o próprio descreveu em seu pedido de exoneração.

No entanto, a explicação de João Bosco dá uma conotação de diferenças internas ao caso, quando ele afirmou que o funcionário não estaria comparecendo à Destra, mas estaria indo à faculdade normalmente. “Não houve humilhação de forma alguma, o que aconteceu foi que esse funcionário queria tirar uma licença, o que não foi possível, dado seu pouco tempo na Autarquia. Ele então passou a emitir vários atestados seguidos, o que vinha se repetindo há 180 dias. Como não estávamos conseguindo entrar em contato com ele, verificamos na faculdade e descobrimos que ele estava indo normalmente às aulas, embora tenha apresentado documentos que comprovavam que ele estava doente. Eu não coloquei cartaz algum nos corredores da faculdade, foi uma iniciativa da coordenação do curso, eu apenas tentei entrar em contato com Eduardo. No entanto, a Destra iria entrar com um inquérito administrativo contra ele e, insatisfeito, o funcionário alegou essa situação de humilhação”, afirmou Bosco.

Além dessa denúncia, outras alegações de funcionários da Autarquia tomaram forma de conflito administrativo. Eles citam abuso de autoridade e situações em que a secretaria executiva teria utilizado punições como forma de humilhar os agentes e guardas, o que também foi negado por Bosco. Em paralelo a essas alegações, estão em negociação também questões trabalhistas referentes a  realinhamento salarial, com pedido de 20% de ganho real, gratificação de função diferenciada, gratificação por risco de vida, carga horária excessiva e adequação do pagamento da hora extra. No lugar de Bosco, entra o major Paulo Sérgio Silva, que antes era diretor de Feiras e Mercados.