A Justiça Eleitoral de São Paulo declarou o influenciador digital e empresário Pablo Marçal (PRTB) inelegível por oito anos, a partir de 2024. A decisão, proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral da capital, baseia-se em acusações de abuso de poder político e econômico, uso indevido de meios de comunicação social e captação ilícita de recursos durante a campanha eleitoral de 2024 para a Prefeitura de São Paulo.

A sentença resulta de ações movidas pelas coligações do PSOL, liderada por Guilherme Boulos, e do PSB. Marçal teria divulgado um vídeo afirmando que “venderia seu apoio a candidatos a vereador de ‘perfil de direita’ em troca de doação para sua campanha”. Em nota, Marçal declarou que as provas apresentadas são insuficientes para a condenação e que recorrerá da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). 

Durante a campanha de 2024, Marçal esteve envolvido em diversas controvérsias, incluindo a divulgação de um laudo médico falso que alegava que Guilherme Boulos havia sido internado por uso de cocaína. A Justiça Eleitoral determinou a suspensão de seu perfil no Instagram por 48 horas devido a essa ação, e a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso. 
Além disso, Marçal enfrentou outras acusações, como a omissão de R$ 22 milhões em sua declaração de patrimônio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a participação em uma quadrilha que desviava dinheiro de contas bancárias em 2005. Embora tenha sido condenado em 2010, a pena foi extinta em 2018 devido à prescrição. 

A decisão atual de inelegibilidade ainda cabe recurso, e a defesa de Marçal já manifestou a intenção de contestá-la no TRE-SP.