O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (13), durante o fórum com governadores promovido pelo Banco BTG Pactual. Cotado como possível candidato à Presidência em 2026 com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, Tarcísio afirmou que o Brasil vive não apenas uma “crise fiscal”, mas também uma “crise moral”.

“Nós estamos há 40 anos discutindo a mesma pessoa. O Brasil não aguenta mais excesso de gasto, aumento de imposto, corrupção, o PT e o Lula”, declarou. O governador defendeu que o País precisa superar o que chamou de “mentalidade atrasada” e adotar reformas estruturais, como orçamentária, desvinculação de receitas, desindexação e revisão de benefícios tributários.

Tarcísio citou a desestatização da Sabesp como exemplo de sua gestão e acusou o governo federal de “inventar despesas” e “jogar dinheiro fora”. Ele também criticou a atenção dada a “picuinhas” internas, como o debate sobre emendas parlamentares. “Estamos falando de R$ 40 a R$ 50 bilhões num orçamento de R$ 3,35 trilhões. O mundo está de portas abertas para o Brasil, e nós discutindo picuinhas”, disse.

O governador defendeu que políticas econômicas devem evitar a divisão entre ricos e pobres. “Não se fortalece o fraco enfraquecendo o forte, nem o empregado enfraquecendo o empregador. É só trocar o piloto, porque o carro é bom”, afirmou.

O evento também contou com críticas de outros governadores. Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, classificou Lula como “inconsequente” e “irresponsável”, citando a disputa do presidente com Donald Trump e associando-a ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul, também criticaram o governo federal em suas intervenções.