O prefeito José Queiroz (PDT) concedeu entrevista hoje na Rádio Jornal do Recife e voltou a disparar críticas contra o ex-governador João Lyra e a deputada estadual, Raquel Lyra, ambos do PSB. Queiroz deixou a entender que João era ingrato, por não ter apoiado ele em 2012 para a reeleição e nem a candidatura de Wolney Queiroz para um novo mandato na Câmara Federal.
“João Lyra Neto era do meu partido e eu o apoiei para ser o indicado a vice-governador na chapa de Eduardo Campos. Se não passasse pela minha chancela de presidente do PDT, eu tinha maioria, e aprovei o nome dele. Em 2010, João tinha muitas dificuldades junto ao PSB, do Agreste ao Sertão, e novamente o apoiei para a indicação indo até a Executiva Nacional do PDT, para declarar apoio e conseguimos que ele ficasse. Em 2012, João fez críticas e não me apoiou, eu não sei se ele imaginava que eu perderia a eleição e pensou, vou empurrar de ladeira abaixo. Isso favoreceu a Tony Gel e Miriam Lacerda, mas os avanços na minha gestão, me permitiram que eu desse uma enfiada de 30 mil votos em João, Raquel, Miriam e Tony. Foi uma vitória expressiva e fala por si só”, disse.
O atual prefeito de Caruaru lembrou que não existe nenhuma possibilidade de uma nova aliança com os Lyra, já que os grupos estão em campos opostos. “Quando chegou em 2014, eles fizeram charme e não apoiaram Wolney. Não há como conviver desse jeito. Ele diz que a cidade precisa discutir um projeto, mas em torno de Raquel, esse é o projeto dele, peraí. Hoje eu tenho uma aprovação boa e com mais de 40 obras em andamento, são mais de 600 pessoas envolvidas, numa crise dessas. A população precisa de um político que siga esses rumos, e eles não representam diferente disso”, disparou.
Queiroz disse que a Frente Popular tem um amplo leque de partidos, que pode até ter uma aliança, mas sem a presença dos Lyra e do deputado estadual Tony Gel. Ele espera que o candidato, seja quem for, vença a eleição no primeiro turno. “O nosso governador sabe muito bem da nossa posição. E é preciso lembrar que houve dificuldades entre João e Paulo Câmara, quando ele ocupava a vaga de vice, na candidatura. É possível uma composição com um partido aliado, mas vamos trabalhar um candidato sintonizado com essa gestão que estamos fazendo. Tenho a certeza que com a aprovação que temos, vamos trabalhar para vencer a eleição no primeiro turno”, pontuou.