O PSDB e o Podemos anunciaram nesta sexta-feira (13) o encerramento das negociações que previam a fusão entre os dois partidos. A decisão foi tomada após fracassar o consenso sobre a liderança da nova legenda, segundo publicações de veículos nacionais.
O ponto central da discordância girou em torno do controle da sigla unificada. A direção do Podemos, liderada pela deputada Renata Abreu, defendia que teria o comando da legenda por um período inicial de quatro anos. Já o PSDB propôs um comando rotativo — alternando a liderança semestralmente ou anualmente — até a realização de uma eleição formal em 2028.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou a paralisação das conversas alegando que o modelo proposto pelo Podemos não foi aceito pelos tucanos. Já o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que as negociações estavam amadurecidas, mas falharam ao não ajustar o comando da nova sigla. Ele destacou que a proposta do rodízio foi rejeitada pelo Podemos, que insistiu em manter a liderança por quatro anos.
Sem a fusão, o PSDB já estuda outras alternativas para ampliar sua força política: estão em pauta a formação de uma federação partidária com legendas como Republicanos, Solidariedade e MDB.
A desistência agrava a crise interna do PSDB, pressionado pelo desgaste recente em disputas eleitorais e pela saída de figuras importantes, como a governadora Raquel Lyra (que migrou para o PSD). Já o Podemos, por sua vez, se mantém independente e agora poderá buscar outras coligações ou buscar fortalecimento próprio para as eleições de 2026.
