Ela não apareceu do nada, da luta estudantil se fez Joana, que se revela tanto na ausência quanto não nela, e de tão simples torna-se nobre pelo que dedica à vida.
Joana morena de traços belos, olhar tristonho, define-se como “jovem e feminista, negra e pertencente às camadas populares”, mas é algo mais, é menina-mulher cheia de sonhos e inquietações.
Joana de lágrimas, descaminhos e desilusões, mas jamais é Joana só, é com as demais que caminham em construção.
É Joana de luta, de garra e de brilho como outras que antes de si vieram e tantas ainda virão. Pois os povos, desde que são delas precisam e delas serão.
E assim como o povo ela vai marcando seu compasso na história, dois a frente e um atrás, como o camarada previa, assim Joana vai com a francesa d’Arc, heroína e combatente, com a militar Maria Quitéria, heroína da Guerra da Independência.
Joana também vai com Garibaldi, e a Anita revolucionária que basta ser heroína “de um mundo”, fortes e corajosas da sua época. Joana vai aos versos de Coralina, e neles poetiza mais uma canção. Vai estrategista e politicamente brilhante como Evita que Lutou pelos direitos dos trabalhadores e da mulher.
Joana vai com Leila Diniz, Catarina, a Grande, Laura Brandão que foi “a invisibilidade na política”, vai com gente como Rosa de Bittencourt, líder nata nas lutas do Bloco Operário Camponês (BOC), vai com Olga Benário, Isaura Casemiro Nepomuceno, Rosa Bittencourt, Erecina Borges de Lacerda, Sylvia Carini, Margarida Pereira e Maria Lopes, Inês Guralsky, Antônia e Rosa (Inês Guralsky), Tarsila do Amaral, Eneida Moraes, e Genny Gleizer. Vai com as que cantam e com as que pintam e dançam criando um universo novo que estar sempre a criar. São tantas Joanas de ontem e de hoje em marcha com Margaridas, com mães de Maio em praças e avenidas, por muitas outras seguidas.
O Parlamento se foi, mas Joana não foi como a “de tal”, é como e com as outras Joanas lutadoras e lutadores do povo que seguem seu caminho, fazendo-o a caminhar.
RELATÓRIO DA ANISTIA INTERNACIONAL MOSTRA QUE AINDA HÁ TORTURA NO PAÍS
A afirmação foi feita pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, ao comentar o relatório divulgado na quarta-feira pela Anistia Internacional, apontando que “a tortura e o uso de força excessiva foram as formas que as autoridades brasileiras escolheram para combater o aumento da criminalidade em 2012”. Por sua vez, o diretor-executivo da ONG, Atila Roque, garante que o Brasil vive um déficit de justiça. “O Brasil sofre de várias questões históricas que desestabilizam o ambiente para conquistas dos direitos humanos. Isso vem marcado por um estado que cuida mais dos privilégios de alguns e por uma sociedade que ainda atravessa pelo racismo”.
DILMA É A 2ª
Entre as 20 mulheres mais poderosas do mundo, segundo a FOBES. Analistas continuam afirmando que, apesar das surpresas que a política sempre apresenta, é muito difícil Eduardo reverter a popularidade da presidenta no país inteiro. O tempo dirá.
MAIS CULTURA NAS ESCOLAS
Enquanto eu estive em Recife participando da Oficina de Implantação do Sistema Nacional de Cultura, ficamos sabendo da novidade: para expandir a formação básica de brasileiros e brasileiras além dos muros escolares e ampliar o repertório de formação cultural de estudantes, professores e comunidades escolares, o Ministério da Cultura (MinC) e o Ministério da Educação (MEC) lançaram o Mais Cultura nas Escolas. O Programa vai possibilitar a artistas e iniciativas culturais a elaboração de projetos em parceria com escolas públicas, em todo o país, dialogando com suas propostas pedagógicas. As atividades serão desenvolvidas dentro ou fora da escola durante o ano letivo, por no mínimo 6 meses e no máximo dez.
CENTROS DE ARTES E ESPORTES UNIFICADOS – CEU
Outra novidade é que e até 2014 serão inaugurados 360 (trezentos e sessenta) CEUs nas 27 (vinte e sete) unidades da federação sendo uma dessas aqui em Caruaru. Fazem parte do PAC 2. A PEC – Praça do Esporte e da Cultura (CEUs).
PARA REFLETIR
“É possível fazer política com respeito e fraternidade mesmo na divergência e na diferença.” Cleyton Feitosa – Parlamento Jovem.
*Paulo Nailson é dirigente político com atuação em movimentos sociais, Cursa Serviço Social. Membro da Articulação Agreste do Fórum de Reforma Urbana (FERU-PE) e Articulador Social do MTST. Edita a publicação cristã Presentia. Foi dirigente no PT municipal por mais de 10 anos.