Mesmo com protesto menor em Caruaru, 300 manifestantes fizeram barulho e sobrou pra Zé Queiroz e Tony Gel

Mário Flávio - 27.06.2013 às 14:25h
Raísa Rodrigues/ Facebook

Manifestantes fecharam ruas no protesto dessa quarta – Crédito: Raísa Rodrigues

Com um público significativamente menor, em relação ao protesto de sábado, 22 de junho, cerca de 300 manifestantes em Caruaru na noite desta quarta (26), seguiram fazendo barulho a partir da concentração, no Grande Hotel, por volta das 17h 30. Originalmente o roteiro seria: Avenida Cleto Campelo, Rua Capitão João Velho, Rua Vigário Freire, Rua Duque de Caxias, XV de Novembro e por fim, novamente, o Marco Zero. No entanto, o trajeto foi parcialmente alterado, em vez de seguirem pela Estação Ferroviária para pegar caminho até o Marco, os manifestantes decidiram inverter o caminho, seguir pela Avenida Agamenon Magalhães e, de quebra, protestar em frente aos apartamentos do prefeito Zé Queiroz (PDT) e do deputado estadual Tony Gel (DEM).

As diferenças do protesto anterior, além de não haver as 5 mil presentes no fim de semana, é que desta vez eles tentaram causar mais impacto, interditando o tráfego, como os cruzamentos do antigo Giradouro Major Clementino e da Rua XV de Novembro. Além disso, durante a subida pela Avenida, bloquearam por algum tempo o cruzamento que dá acesso a entrada do estádio Lacerdão. Também houve uma presença menor de entidades e sindicatos. A UESC, por exemplo, não participou.

Porém, o que chamou mais atenção foi que os manifestantes subiram a Avenida Agamenon Magalhães para protestar em frente ao Edifício Gabriela, onde mora o prefeito Zé Queiroz. Palavras de ordem foram ditas, principalmente com relação ao PCCDR da Educação. Vizinho de prédio do prefeito Zé Queiroz (PDT) o deputado estadual Tony Gel (DEM) também não foi poupado das críticas dos manifestantes. Os mesmos gritos de guerra foram entoados contra o ex-prefeito de Caruaru. O deputado, na verdade, está em missão no exterior, durante o mês de junho.

Ainda assim, entre o público menor também houve reclamações entre manifestantes, sobre desorganização e dispersão no início do ato, que ficou mais coeso ao longo do protesto. No inicio, houve desentendimento com um motociclista, que não aceitou o bloqueio e atropelou uma pessoa. O mesmo terminou levando alguns socos e pontapés, mas não houve problemas graves. A passeata seguiu tranquila e no momento em que os estudantes realizavam uma assembleia em frente ao Edifício Gabriela, houve muita reclamação. Alguns manifestantes afirmam que foram atingidos por ovos e soltaram o verbo contra as pessoas que assistiam ao protesto das varandas. Houve ainda uma tentativa de conversa com alguns moradores, mas para acalmar os ânimos, as pessoas que protestavam se retiraram. Depois de sair da frente ao apartamento do prefeito, por volta das 20h, eles desceram novamente a avenida e se dispersaram por volta das 21h.

As pautas específicas foram os mesmo 5 pontos principais já divulgados no sábado: A construção imediata de Terminais de Integração interligando os bairros e pontos mais distantes da cidade; Aplicação da Lei Federal existente que concede gratuidade no transporte coletivo aos maiores de 60 anos; Dar livre acesso aos projetos públicos através da mídia escrita e televisiva; Entrega das obras municipais atrasadas e conclusão do Hospital São Sebastião; Respeito aos direitos dos professores, para garantir melhores condições de trabalho e, também, melhora da educação, imediatamente, em nosso município. Um novo protesto ficou marcado para o dia 1 de julho, a partir das 17h, também no Grande Hotel.

Já nesta quinta, durante a manhã, a prefeitura convocou coletiva para se pronunciar sobre as manifestações em Caruaru e pelo Brasil. Na oportunidade, Queiroz disse que haveria uma reunião entre manifestantes e a Secretaria de Participação Social.