Na semana passada o deputado federal Mendonça Filho (DEM) visitou Santa Cruz do Capibaribe e participou de uma maratona de entrevista. No programa Direto ao Ponto, da Rede Nordeste de Rádios, o democrata reforçou que lutará para trazer recursos para o município, minimizando especulações de que ele poderia ficar mais distante da cidade, tendo em vista que ele subiu no palanque do adversário do deputado federal Zé Augusto Maia (PTB), nas eleições do ano passado, adversário de Edson Vieira (PSDB), boca-preta eleito no município.
“Ano passado não pudemos executar emenda de R$ 250 mil, na transição do governo Toinho do Pará para Edson Vieira, mas já confirmamos emenda de R$ 400 mil para Santa Cruz e temos disponibilidade de recursos também para a saúde”, comentou Mendonça, que ressaltou também seu relacionamento com o prefeito. “Primeiro, há uma relação de civilidade com o prefeito Edson Vieira, eu fui votado aqui, tenho história no município, e evidentemente que o que que puder fazer e trabalhar a favor da cidade, eu vou fazer. E através da prefeitura é que vamos conseguir contribuir para o desenvolvimento do município. Não estamos em ano de eleição e sendo assim, a gente tem que trabalhar para atender o povo”, continuou.
Apesar disso, Mendonça também comentou sobre o motivo de ter apoiado a candidatura de Zé Augusto em 2012 e foi bem claro: ele não foi chamado por Edson para o palanque, apesar de fazerem parte da mesma base dos bocas-pretas. Na verdade, segundo o democrata, ele já percebia que o tucano daria mais espaço ao deputado federal Bruno Araújo. “Zé Augusto é meu colega no Congresso. Ele me convidou pra vir a Santa Cruz, não recebi convite do outro palanque. Mesmo tendo uma história política dentro da comunidade do grupo Boca Preta, recebi convite de Zé Augusto. Eu sentia claramente que não tinha a disposição da minha presença aqui em Santa Cruz, mesmo com todo meu trabalho na cidade”, lembrou o deputado, que citou entre suas ações, os recursos para ponte ligando Brejo da Madre de Deus a Santa Cruz do Capibaribe.
Questionado sobre possibilidades de alianças nas próximas eleições estaduais, o democrata preferiu se esquivar e dizer que é muito cedo para especulações. “Precisamos ter em mente 2013, há muito chão pela frente até chegar 2014”, frisou. Isso mesmo ele também tendo comentado em outra entrevista que uma articulação os taboquinhas poderia ocorrer naturalmente. “Seria deselegante da minha parte falar que quero fazer dobradinha com Zé Augusto. Entendo que ele deve decidir seu caminho para 2014, mas se for possível, seria muito bom. Somos colegas de Congresso, conheço o trabalho dele e tudo é possível”, completou.