O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou nesta sexta-feira (28) a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir o cargo de ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) – pasta responsável pela articulação política do governo. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto.
Atual presidente do PT, Gleisi vai substituir Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde. A posse de Gleisi está marcada para 10 de março.
Gleisi chegou a ser cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, porém Lula optou por escalar a aliada na Secretaria de Relações Institucionais.
Com o movimento, o presidente descartou a possibilidade de colocar um nome do Centrão no comando da articulação política e manteve a pasta sob o comando de um quadro do PT.
O desempenho de Alexandre Padilha no ministério é alvo de críticas de vários parlamentares. Gleisi Hoffmann chegará ao Planalto com a missão de melhorar a relação do governo com o Congresso Nacional.
Alexandre Padilha será deslocado para a Saúde, conforme já tinha sido anunciado desde terça-feira (25) pelo governo, em substituição a Nísia Trindade.
Padilha já foi ministro da Saúde entre 2011 e 2014, quando lançou o programa Mais Médicos.
No lugar de Gleisi no PT, assumirá um presidente tampão, que pode ser um dos vice-presidentes do partido: o deputado federal José Guimarães (CE), líder do governo na Câmara, ou o senador Humberto Costa (PE).
Quem assumir vai comandar o partido até julho, quando haverá eleições internas dos filiados para a presidência do PT. O mais cotado para presidir o partido é Edinho Silva, que foi prefeito de Araraquara, no interior de São Paulo, por quatro mandatos e tem o apoio de Lula.
As trocas no governo e no PT acontecem num momento em que Lula enfrenta queda na popularidade, impulsionada pela escalada nos preços dos alimentos. O Palácio do Planalto entra em meses decisivos para tentar reverter o quadro adverso de olho nas eleições de 2026, quando Lula poderá ou não disputar a reeleição.
