O tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso na manhã desta sexta-feira (13) pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Contragolpe — que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.
A prisão foi motivada pela investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de Mauro Cid de obter cidadania portuguesa e, em seguida
Mais cedo, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado também foi preso por relação com a mesma investigação.
Para a PGR e para a PF, há indícios de que o ex-ministro do Turismo tentou emitir um passaporte português para que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixasse o Brasil.
Cid, Bolsonaro e outros 29 são réus por uma tentativa de golpe de Estado que, segundo a PGR, tinha o objetivo de manter o ex-presidente no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Conforme a Polícia Federal, Gilson Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio de 2025, a fim de obter a emissão de um passaporte português para Cid, o que teria a finalidade de viabilizar a saída de Cid do território nacional.
A Polícia Federal diz ainda que encontrou no celular de Cid arquivos que mostram que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tentou, em janeiro de 2023, a obtenção da cidadania portuguesa.
Mauro Cid já havia sido alvo de prisões em 2023 e 2024: em maio de 2023, por falsificação de cartões de vacinação; e em março de 2024, por obstrução de justiça e descumprimento de medidas cautelares — sendo liberado em maio após acordo judicial.
