Eleições 2012 – Violência nas cidades do interior deixa a população com medo

Mário Flávio - 01.10.2012 às 10:12h

Exemplo de violência: carro de candidato em Altinho foi alvo de oito tiros

Com a aproximação da eleição os casos de violência com envolvimento direto com a política só aumentam. Desde o início da semana passada, que a cada dia um fato novo é registrado. Em Altinho um candidato a prefeito sofreu um atentado e por pouco não foi assassinado. O carro em que ele vinha foi alvo de oito tiros, mas nenhum atingiu a vítima.

Na cidade de Riacho das Almas, uma discussão por política e uma pessoa foi esfaqueada. Em Agrestina, na semana passada, quatro carros foram depredados e todos tinham a imagem de uma candidata. Os casos de barbárie não param por aí. No município de São Joaquim do Monte houve o assassinato de uma pessoa. Também podemos contabilizar um esfaqueamento em Camocim de São Félix e as queimaduras sofridas por um grupo de pessoas em Sairé.

No domingo (30), na cidade de Catende, o cúmulo do absurdo. A casa da candidata a prefeita Graça Braz foi alvo de vandalismo. Vários tiros foram disparados contra a residência, uma demostração clara de violência, provocada na cidade, principalmente, pelo equívoco de liberar para o mesmo dia, duas carreatas e dois comícios, detalhe, a distância de um evento para o outro, menos de um quilômetro. A cidade é dividida em dois grupos políticos e até agora, ninguém entendeu como é possível fazer duas ações de campanha semelhantes e no mesmo dia.

Em Caruaru, na última semana o clima esquentou e cada candidato passou por um vexame desnecessário e que coloca em xeque o conceito de democracia. O pior ainda pode acontecer. No último dia da campanha (6), haverá dois grandes atos de campanha. Pela manhã, o candidato Zé Queiroz realiza uma caminhada e à tarde, a candidata Miriam Lacerda encerra a campanha com uma carreata.

As duas coligações seguem divergindo sobre o roteiro dos eventos e a polícia perdeu a paciência. O pepino foi parar nas mãos da justiça eleitoral, já que a segurança dos eleitores está sendo colocada pelas coligações em segundo plano, para que o último ato de campanha impressione.