O Partido Socialismo e Liberdade de Pernambuco (PSOL-PE) se manifestou, nesta quarta-feira (13), sobre as denúncias que envolvem a deputada estadual Dani Portela. Em nota oficial, a legenda reafirmou seu compromisso com a apuração rigorosa das acusações, com transparência e respeito ao devido processo legal, garantindo à parlamentar o direito à ampla defesa e ao contraditório. O texto também condena ataques violentos e exposição midiática indevida, destacando que mulheres negras em espaços de poder são alvo frequente da violência política de gênero.

Apesar da defesa pelo esclarecimento dos fatos, o PSOL-PE apontou que Dani Portela vem se distanciando do partido nos últimos meses. Segundo a nota, a desfiliação coletiva de membros de sua equipe parlamentar — parte deles já filiada a outra sigla — e a exoneração dos assessores que permaneceram no PSOL evidenciam o afastamento. O documento cita ainda a ausência da deputada nas atividades da chapa majoritária para as eleições de 2026 e a falta de articulação com as pré-candidaturas que representam o projeto político da legenda no estado.

A direção estadual também criticou articulações políticas que, segundo o partido, incluíram o PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, na composição de alianças na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O exemplo citado foi a eleição do deputado Alberto Feitosa (PL) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, com votos do bloco formado por PSOL, Republicanos e PSB.

O PSOL-PE ressaltou que não exerce ingerência sobre as decisões administrativas e financeiras do mandato de Dani Portela, incluindo o uso das verbas indenizatórias. A legenda informou que não mantém mais contratos com empresas de Renato Lucena do Nascimento Júnior, que prestaram serviços ao partido durante a gestão do tesoureiro estadual ligado ao grupo político da deputada.

No encerramento, o partido reiterou seu compromisso com a ética na política, o uso responsável dos recursos públicos e a defesa de uma atuação transparente e alinhada às lutas históricas da classe trabalhadora. A direção estadual afirmou que seguirá acompanhando o caso “mantendo coerência com os princípios partidários e sem se pautar por interesses individuais ou de gabinetes isolados”.