Biomédica alerta que pandemia não acabou e que cuidados devem ser mantidos devido a variante Delta do Coronavírus

Mário Flávio - 28.07.2021 às 07:55h

Na Cidade Entrevista desta terça-feira (27) o professor Marco Aurélio Freire recebeu, de forma remota, a presença da biomédica e pesquisadora da UFPE, Almerinda Agrelli.

Ela explicou como se dá a formação das chamadas variantes do vírus e que essas mutações podem tanto enfraquecer como fortalecer o vírus. As autoridades de saúde dividem essas variantes em três tipos: as de interesse (que podem oferecer algum risco), as preocupantes (essas tem evidências que são mais perigosas, é o caso da variante Delta) e as de grandes consequências que ultrapassam até a eficácia das vacinas. Esta última não foi detectada ainda.

Almerinda também falou sobre as vacinas e seus estudos. Explicou que a imunzação só virá quando cerca de 80% da ´população estiver com as duas doses e que uma preocupação é justamente a baixa incidência da segunda dose. Também explicou sobre a redução do intervalo entre as doses e que não acarretará maiores problemas.

Um ponto interessante que ela respondeu foi sobre como o processo de vacinação funciona, uma vez que se costuma levar 8 anos em média para uma vacina e as contra o Coronavírus foram feitas em aproxidamente um ano. A explicação da doutora é que como o coronavírus é um tipo geral de vírus já bastante conhecido dos pesquisadores, o que ocorreu é que se partiu de uma base de dados já existente e o que se procurou fazer foi identificar a proteína específica do Sars Cov-2 ( o coronavírus que causa a Covid-19) e com isso criaram a vacina que no final das contas faz uma espécie de alerta para o sistema imunológico do corpo identificar o vírus real se caso ele infecte as pessoas.

Por fim, a pesquisadora enfatizou a necessidade da imunização de todas as pessoas através da aceleração da vacinação e que não fossem relaxadas as medidas de distanciamento social, uso de máscaras e outras medidas justamente porque a variante Delta é mais transmissível.