A Azul Linhas Aéreas anunciou nesta segunda-feira (11) que encerrou as operações em 14 cidades brasileiras entre janeiro e março deste ano, pouco antes de ingressar, em maio, no processo de Chapter 11 — mecanismo equivalente à recuperação judicial nos Estados Unidos. O número supera os 13 municípios citados em relatório a investidores no início de agosto.
Paralelamente, a companhia informou que está revisando mais de 50 rotas com desempenho 17 pontos percentuais abaixo da margem média, o que pode resultar em redução de frequências ou até suspensão definitiva. As mudanças afetam principalmente ligações regionais e voos de médio curso.
Segundo a Azul, os cortes levam em conta fatores como a alta dos custos operacionais, agravada pela valorização do dólar; problemas na cadeia global de suprimentos, que impactam a disponibilidade de aeronaves; e a reestruturação interna no contexto do Chapter 11. A empresa afirma que todos os passageiros afetados receberam assistência conforme as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Azul foi a última das três principais companhias aéreas brasileiras a recorrer ao mecanismo nos EUA, depois de Latam e Gol. O objetivo é renegociar dívidas e preservar as operações, com expectativa de conclusão do processo até o fim de 2025.
Cidades onde a Azul deixou de operar:
- Cratéus (CE)
- São Benedito (CE)
- Sobral (CE)
- Iguatú (CE)
- Campos (RJ)
- Correia Pinto (SC)
- Jaguaruna (SC)
- Mossoró (RN)
- São Raimundo Nonato (PI)
- Parnaíba (PI)
- Rio Verde (GO)
- Barreirinhas (MA)
- Três Lagoas (MS)
- Ponta Grossa (PR)
