
Nota de repúdio
Em tempos tão difíceis para a defesa dos direitos dos animais, percebemos ainda, pessoas que deveriam respeitá-los e defendê-los indo de contra a Constituição Federal, legislações federais, leis estaduais e municipais, como também, contra a própria ‘CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’, que fala sobre os cuidados da casa comum, de autoria do Papa Francisco.
As falas do Padre Ivemar são lamentáveis. Orientar pessoas para que não levem os animais para igreja é algo que, mesmo não sendo de acordo, poderia eventualmente ser entendida porque nem todos têm a mesma sensibilidade no trato com os animais. Mesmo afirmando que não existe nenhum decreto ou preceito eclesiástico que proíba a entrada de animais ou que a Igreja “não é lugar de cachorro”. Existem inúmeros exemplos de comunidades que interagem muito bem com animais que frequentam os templos. Isso reflete uma infeliz opinião pessoal.
O Padre Ivemar não pode, além disso, defender uma punição violenta contra os cachorros, ou mesmo instar os fiéis a fazer o mesmo. A grande maioria desses animais não são levados por ninguém, mas vivem nas ruas e ao invés de uma “tabiquinha” precisam de ajuda e acolhimento por parte dos humanos, até porque não atrapalham as celebrações e somente desejam um pouco de sombra e tranquilidade.
Não podemos achar normal um formador de opinião discursar para seus fiéis de que é normal o uso da violência para coibir os animais na igreja. Essa fala infeliz autoriza qualquer pessoa a punir o seu animal em casa com “uma tabiquinha”, mas só lembrando aos desinformados que a pena para quem maltrata “cães e gatos” é de 2 a 5 anos, e se o animal morrer, pode chegar até 6 anos de PRISÃO!
Não podemos achar normais falas como essa e repudiamos qualquer ato de crueldade aos animais não-humanos.