O líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou que a má gestão, reflexo da incompetência, e a corrupção justificam a alteração no preço para construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. “A refinaria deixa um legado positivo para meu estado, mas o final é triste porque os fornecedores estão sem receber e os trabalhadores, sem seus direitos trabalhistas”, ressaltou. 

 Mendonça Filho participou, nesta terça-feira, da CPI da Petrobras, que ouve o depoimento do ex-gerente de Implementação e Empreendimentos para a refinaria, Glauco Legatti. Ao apresentar os dados da refinaria, Legatti admitiu que o valor inicial previsto no projeto básico subiu de US$ 2,4 bilhões para US$ 18 bilhões. Justificou a alteração em função da variação cambial e dos aditivos contratuais. 

 O líder do DEM também questionou o ex-gerente sobre a amizade que ele mantinha com o empresário Shinko Nakandakari, que acusa Legatti de ter recebido R$ 400 mil em propina. “Quais são as razões para Shinko tê-lo traído?”, questionou.