Procurador diz que prefeitura entrou na justiça devido à radicalização dos professores

Mário Flávio - 25.03.2013 às 09:25h

João Alfredo Filho

O procurador geral do município de Caruaru, João Alfredo Beltrão Filho, concedeu entrevista hoje pela manhã na Rádio Cultura do Nordeste. Ele explicou os motivos que levaram a prefeitura da cidade entrar na justiça contra o movimento realizado pelos professores.

O procurador destacou ainda que a ação foi necessária e que foi considerada uma greve ilegal pelo Juiz José Fernando por uma questão de interpretação. “Temos que frisar a todos que entramos com essa ação para tentar para com os prejuízos para os alunos, sentimos radicalização por parte dos professores e após tanta celeuma, de conversas, vai-e-vem, assembleias, então o Juiz entendeu que a greve era ilegal. Os professores entendem que não existe a greve, mas essa não é a interpretação do Juiz, para ele as paradas e paralisações, caracterizam o movimento, vale lembrar que não é uma sentença, mas uma liminar”, explicou.

O procurador reforçou a tese da volta imediata ao trabalho e a liminar destaca ainda a reposição de aulas. “Volto a dizer que na interpretação do Juiz existe o estado de greve, já que essas paradas prejudicam aos alunos. O próprio juiz cita na decisão o prejuízo ao coletivo. Sei que os professores irão recorrer, mas já temos a primeira decisão em favor do povo”, disse.