Mais uma pauta trava devido ao impasse entre oposição e situação na Assembleia

Mário Flávio - 03.06.2025 às 18:57h

Na tarde desta terça-feira (3), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) voltou a enfrentar um impasse político que impediu a votação do reajuste salarial de 6,27% para os professores da rede estadual. Com apenas 22 deputados presentes no plenário — número insuficiente para alcançar o quórum mínimo necessário — a sessão foi encerrada sem deliberação, frustrando as expectativas da categoria, que acompanhava a reunião das galerias e protestou contra a ausência dos parlamentares. A informação é do Blog do Dantas Barreto. 

Apenas a deputada Débora Almeida (PSDB), da base governista, compareceu à sessão. Segundo informações, o esvaziamento do plenário ocorreu por orientação do Governo do Estado, que condiciona a votação de qualquer projeto à aprovação prévia de um empréstimo de R$ 1,5 bilhão e à sabatina do administrador do Distrito de Fernando de Noronha, Virgílio Oliveira, informa o blog.

A oposição, por sua vez, exige esclarecimentos sobre outros empréstimos como condição para avançar com essas pautas. A deputada Dani Portela (PSOL) criticou a postura da base governista, afirmando que o quórum “desaparece em questão de minutos” e que há 15 dias não se vota nada na Casa. A deputada Rosa Amorim (PT) também expressou indignação, destacando que, após um longo processo de negociação, a votação do reajuste era esperada como uma vitória para os professores. 

O deputado Renato Antunes (PL), considerado independente, cobrou a presença dos parlamentares no plenário e comparou as propostas de reajuste do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife, criticando a gestão municipal por não atender adequadamente os professores. 

Apesar de o Projeto de Lei Complementar nº 2968/2025, que prevê o aumento, já ter sido aprovado pelas comissões de Justiça, Finanças e Administração Pública da Alepe, sua votação em plenário segue travada. O projeto eleva o piso salarial dos professores para R$ 4.867,77 por 200 horas-aulas semanais, com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 2025, e inclui aumentos de 6% a 8% na progressão da carreira, válidos a partir de 1º de junho. 

Enquanto o impasse persiste, os professores continuam aguardando a efetivação do reajuste acordado, em meio a uma disputa política que paralisa as votações na Alepe.