Coluna da segunda – O quebra-cabeça do Senado em 2026: quem leva as duas vagas de Pernambuco?

Mário Flávio - 10.02.2025 às 08:27h

As eleições para o Senado em 2026 prometem ser uma das mais disputadas dos últimos anos em Pernambuco. Com duas cadeiras em jogo, o xadrez político está longe de ser definido, e os principais grupos políticos já começam a articular suas estratégias para garantir espaço na chapa majoritária.

No campo da Frente Popular, o senador Humberto Costa (PT), principal nome do presidente Lula no estado, será peça-chave nas negociações. O petista levará o partido para quem estiver com ele na disputa estadual, o que, na teoria, significaria um alinhamento com João Campos (PSB), caso o prefeito do Recife confirme sua candidatura ao governo.

Se essa configuração se mantiver, a chapa de João Campos poderia contar com Humberto Costa e Silvio Costa Filho (Republicanos) para o Senado. Nesse cenário, a vaga de vice-governador poderia ficar com Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina e nome de peso no interior do estado. No entanto, há quem diga que a dança das cadeiras pode modificar esse arranjo, com Humberto indo para a vice e Silvio ocupando uma das vagas ao Senado.

Já no campo do governo estadual, a governadora Raquel Lyra (PSDB) terá que montar uma estratégia forte para barrar o avanço da Frente Popular. O nome mais cotado para disputar o Senado ao lado dela é o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), um dos articuladores mais experientes do estado. A segunda vaga ainda está aberta e pode ser oferecida ao próprio Miguel Coelho, caso ele opte por apoiar Raquel, ou ao MDB, que busca manter espaço na majoritária com Fernando Dueire, atual senador que, apesar do cargo, segue desconhecido da maior parte do eleitorado.

A vaga na chapa de Raquel pode ir ainda para Humberto Costa, caso ele seja rifado da Chapa da Frente Popular. Correndo por fora estão a ex-deputada Marília Arraes, que pode ser indicada pelo Solidariedade, mas devido a forte concorrência, dificilmente teria a vaga e o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, que vai travar uma briga interna com o ex-prefeito de Jaboatão e desafeto político, Anderson Ferreira.

Os dois esperam pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, fator que pode ser decisivo na escolha. A disputa será complexa e dependerá dos desdobramentos das eleições municipais de 2024. O desenho final das alianças só será consolidado nos próximos meses, mas uma coisa já está clara: ninguém terá vida fácil na briga pelo Senado em Pernambuco. A conferir.