Lava Jato: condenados têm penas reduzidas 

Mário Flávio - 07.11.2017 às 17:12h

O ex-senador, Gim Argello, e os ex-presidentes da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho e Walmir Pinheiro Santana, ex-presidente da UTC tiveram suas penas reduzidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julgou nesta terça (7), a apelação criminal dos três, presos na Operação Lava Jato.

Para os desembargadores que integram a 8ª Turma, o crime de tentativa de atrapalhar as investigações fez parte dos crimes de corrupção praticado pelos três e não de forma autônoma como tinha se interpretado no começo.

A pena de Gim Argello caiu de 19 anos para 11 anos e oito meses de prisão. Walmir Pinheiro Santana ficará seis anos e dois meses, pena menor que os nove anos e mais de oito meses estabelecidos em um primeiro julgamento. A pena de Ricardo Ribeiro passou de dez anos e seis meses para sete anos. Já José Aldemário teve a pena reduzida de oito anos e dois meses para cinco anos, seis meses e três dias.

Gim Argello foi denunciado por pedir pagamento de vantagens indevidas para proteger diretores de empreiteiras durante as operações. Com o pagamento, Gim não os convocaria para depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito, que tramita no Senado investigando as irregularidades na Petrobras. Os suspeitos também não precisariam depor na Comissão Parlamentar Mista de inquérito, instaurada em 2014 pelos mesmos motivos.

O ex-senador teria cobrado R$ 5 milhões de Ricardo Ribeiro Pessoa, dirigente da UTC Engenharia. O pagamento foi feito por meio de doações eleitorais aos partidos apontados por Argello. Walmir Pinheiro Santana, diretor financeiro da UTC, auxiliou Ricardo nesses pagamentos. Gim teria cobrado o mesmo de outras empresas, mas não foi atendido.